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quarta-feira, 30 de março de 2011

Cientistas do Taiwan desenvolvem um monitor feito de seda


A busca por um material barato para fazer telas de computador flexíveis foi o que levou pesquisadores do Taiwan a uma nova descoberta. Os cientistas, da Universidade Nacional de Tsing Hua, extraíram as proteínas da seda das teias de aranha, coletaram e desenvolveram um composto líquido que pode ser usado em monitores. A grande vantagem deste novo material, como explicam os pesquisadores, é o baixo custo.

A ideia, como conta o cientista Hwang Jenn-Chang, é produzir uma finíssima película a partir das proteínas extraídas da seda, criando uma membrana para os transistores. A eficiência, segundo Hwang, fica 20 vezes superior à do transistor comum, e produzir uma tela com essa tecnologia adiciona um preço incrivelmente baixo: 3 centavos por unidade.

Fazer monitores a partir de materiaiss orgânicos é um conceito relativamente novo, embora empresas como a Sony já tenham obtido sucesso em algumas tentativas. Mas a tecnologia da proteína da seda seria um substituto barato e acessível para a tela rígida, feita de silicone, que domina o mercado atualmente. Os pesquisadores preveem, no entanto, que ainda vai levar dois ou três anos para que este recurso seja aplicado em computadores à venda.

Isso demandaria, obviamente, um estoque em massa de seda de teia de aranha, que é a matéria-prima dos Taiwaneses. Felizmente para eles, cientistas já estão trabalhando geneticamente para criar uma raça de aranhas especializadas em produzir uma super-seda, mais resistente e que possa ser produzida em larga escala.
 

terça-feira, 29 de março de 2011

Brasileiros criam superplástico com abacaxi e banana

Os bioplásticos feitos com nanocelulose extraída do abacaxi são 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes do que os plásticos usados nos carros hoje.[Imagem: Mikael Ankerfors]

Cientistas brasileiros querem que os chamados "carros verdes" - carros ambientalmente corretos, ou menos ambientalmente danosos do que os atuais - tenham o verde guardado fundo em suas fibras mais íntimas.

Alcides Leão e seus colegas da USP desenvolveram uma técnica para usar fibras de abacaxi, banana e outras plantas em uma nova geração de plásticos automotivos.

Superplásticos de plantas

Os plásticos compósitos à base de plantas são mais fortes e mais leves do que os atuais - e mais ambientalmente corretos, por dispensarem uma parte do material à base de petróleo.

Segundo Leão, as fibras retiradas do abacaxi e da banana parecem ser frágeis, mas, quando testadas na forma de fibras de nanocelulose, elas são extremamente fortes - quase tanto quanto o famoso Kevlar, usado na fabricação de roupas à prova de bala.

Com a vantagem de que, ao contrário do Kevlar e de outros plásticos tradicionais, que são feitos de matérias-primas oriundas do petróleo e do gás natural, as fibras de nanocelulose são completamente renováveis.

"As propriedades desses plásticos são incríveis," disse Leão. "Eles são leves, mas muito fortes - 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes. Nós acreditamos que uma grande variedade de peças de automóveis, incluindo painéis, pára-choques e painéis laterais, será feita de nanofibras de frutas no futuro."

E em um futuro próximo: segundo Leão, os superplásticos à base de nanocelulose poderão estar no mercado dentro de dois anos.

Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do veículo, com um ganho direto na economia de combustível.

O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.

Nanocelulose

A celulose é o material básico que forma a madeira e outras partes das plantas.

Suas fibras, em suas dimensões naturais, têm sido usadas na fabricação de papel há séculos.

Mais recentemente, os cientistas descobriram que o processamento intensivo da celulose libera fibras extremamente pequenas, a chamada nanocelulose - fibras com comprimentos na faixa dos nanômetros, ou bilionésimos de metro.

Estas nanofibras são tão pequenas que seria necessário colocar 50.000 delas enfileiradas para cobrir o diâmetro de um fio de cabelo humano.

Assim como as fibras de vidro e fibras de carbono, as fibras de nanocelulose podem ser adicionadas às matérias-primas usadas na fabricação do plástico, gerando plásticos reforçados que são mais fortes e mais duráveis.

Nanofibras

Leão afirma que as folhas e caules de abacaxi são mais promissores como fonte de nanocelulose do que a madeira comum.

Outras fontes adequadas de nanocelulose estudadas pelo grupo são o curauá (Ananás Erectifolius)), um parente do abacaxi, a banana, a casca de coco e o sisal.

Para preparar as nanofibras, os cientistas colocaram as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão.

O "molho" é formado por um conjunto de compostos químicos, e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco.

O processo é caro, mas é necessário apenas um quilograma de nanocelulose para produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados.

"Por enquanto nós estamos focando na substituição dos plásticos automotivos," disse Leão. "Mas no futuro poderemos substituir peças automotivas hoje feitas de aço ou alumínio usando esses materiais à base de nanocelulose de plantas."

Fonte

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Qual é o cheiro do espaço?


No nosso planeta, a variedade de aromas e perfumes é praticamente infinita. Mas você já parou para pensar como é o cheiro do espaço? Segundo pesquisadores da NASA, a fronteira final tem um odor muito parecido com o de uma grande corrida de carros – metal quente, fumaça de óleo diesel e um leve cheirinho de churrasqueira. A fonte? Estrelas morrendo, principalmente.

Os subprodutos dessas violentas explosões são chamados de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. De acordo com os astrônomos, estas moléculas parecem estar em todo o universo, além de flutuar para sempre, aparecendo em cometas, meteoritos e poeira espacial.  Não surpreendentemente, os compostos podem ser encontrados no carvão, no petróleo e até mesmo na comida.

Porém, não é possível identificar o verdadeiro e puro cheiro do espaço – afinal, a região é um vácuo, e os humanos morreriam tentando. Mas quando os astronautas saem de suas estações espaciais, os compostos ficam em suas roupas e pegam uma carona de volta à estação. Eles relatam sentir um cheiro de um bife “queimado” ou “frito”, e não estão apenas sonhando com uma refeição caseira.

O nosso sistema solar é rico em carbono e pobre em oxigênio. É só imaginar um carro preso em um ambiente muito fechado: o oxigênio vai diminuindo, e você começa a sentir um mau cheiro e fuligem preta. Depois de deixar a nossa galáxia, no entanto, os odores podem se tornar realmente interessante. Em alguns locais do universo, por exemplo, nuvens moleculares repletas de minúsculas partículas abrigam uma verdadeira miscelânea de aromas, de rajas de açúcar a cheiro de ovo pobre.
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A maneira futurista de comer sem engordar: Alimentos vaporizados


Cientistas finalmente arranjaram uma forma de você poder saborear uma barra de chocolate sem engordar nem um pouquinho: vapores de alimentos. Literalmente, em vez de você comer seu prato preferido, você pode inalar seu vapor e sentir seu sabor.

O aparelho que possibilita isso foi inventado por um cientista de Harvard, mas é na França que existem dois “Le Whafs”, restaurantes que oferecem o vapor. Ele vem de um líquido especialmente preparado, com o sabor dos alimentos. A máquina faz com que esse líquido vire uma nuvem de vapor, contida em uma grande redoma de vidro.

Calcula-se que “cheirar” o vapor do “Le Whaf” por dez minutos fazem com que você ganhe apenas 200 calorias, o que equivale a duas barrinhas de cereal.

David Edwards, o professor de Harvard que inventou o aparato, acredita que ele representa uma forma futurista de comer.

Algum leitor aí seria adepto dessa nova forma de dieta?
 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Seu nariz revela quando você irá morrer



Não necessariamente seu nariz, mas seu olfato pode indicar se sua morte está próxima. Pelo menos é isso o que concluiu um grupo de cientistas, que analisou cerca de mil pessoas.
 
Se você parou de sentir aromas familiares, como o perfume de sua namorada ou o cheirinho de café do escritório, então deve se preocupar. Nos testes, os cientistas disseram para os voluntários (nenhuma das pessoas estava doente ou sabia que estava) 12 odores familiares para identificar. 

Depois uma nova análise mostrou que aqueles com mais dificuldade para identificar os cheiros eram aqueles com uma maior probabilidade de morrer nos próximos anos.

A taxa de mortalidade daqueles que se deram mal no teste era 36% maior – essas pessoas, em testes posteriores, também apresentavam capacidade reduzida de se lembrar de nomes,doenças cerebrovasculares, sintomas depressivos, entre outros sintomas preocupantes. Segundo os cientistas, a dificuldade de sentir cheiros, especialmente em idosos, é um sinal de que há um problema de saúde a ser investigado.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cientistas criam a menor bateria do mundo


Hoje, muitos dispositivos, de automóveis a computadores, usam baterias, de forma que estender o tempo de execução delas pode ter um impacto significativo sobre a usabilidade dos materiais.

Agora, pesquisadores criaram a menor bateria do mundo, que tem a espessura de um cabelo humano. A bateria foi desenvolvida dentro de um microscópio eletrônico de transmissão. 

Ao construir a bateria sob o microscópio, os pesquisadores foram capazes de entender como funcionam as pilhas e provar que algumas ideias que a indústria tinha sobre as baterias estavam incorretas.

Por exemplo, a experiência permitiu aos cientistas estudarem o carregamento e descarregamento de uma bateria em tempo real e com resolução em escala atômica, ampliando assim a compreensão dos mecanismos fundamentais pelos quais as pilhas trabalham.

Uma das coisas que os pesquisadores descobriram foi que o uso da haste de nanofios de óxido na bateria quase dobra em comprimento durante o carregamento. A alteração do comprimento da haste é muito maior do que a mudança de diâmetro. A indústria acreditava que as hastes cresciam mais em diâmetro do que comprimento. Agora, os fabricantes devem levar em conta esse alongamento na hora de conceber uma bateria.

Os pesquisadores também se aproximaram de serem capazes de construir “baterias 3D”. As microbaterias 3D se carregariam mais rápido e poderiam armazenar mais energia do que as convencionais.

As baterias usam uma matriz vertical de nanofios de estanho e níquel, envolvida por um polímero conhecido como Plexiglas. A equipe descobriu uma forma confiável de revestir os nanofios individuais em uma camada lisa de gel baseada no polímero que funciona como um isolante para os fios e permite a passagem de íons.

A equipe da pesquisa vem trabalhando há mais de um ano para aperfeiçoar o processo de revestimento dos nanofios. Eles querem estudar como os projetos propostos em 3D podem ser construídos a partir da escala nanométrica. Ao aumentar a altura dos nanofios, eles acreditam que podem aumentar a quantidade de energia armazenada.

Os pesquisadores estão criando milhões de nanofios que compõem um chip do tamanho de uma unha, o que proporciona uma superfície maior do que as baterias convencionais, permitindo mais poder. 

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cientistas japoneses criam liga semelhante a metal raro

Cientistas japoneses criaram uma liga com propriedades similares ao paládio, um metal precioso usado em produtos de alta tecnologia, segundo uma notícia, que enalteceu os avanços da nanotecnologia, à qual denominaram de "alquimia atual".

O professor Hiroshi Kitagawa, da Universidade de Kyoto, e sua equipe de cientistas contaram ter utilizado a nanotecnologia para combinar ródio e prata, elementos que normalmente não se misturam, para produzir o novo composto, destacou a notícia publicada no jornal Yomiuri.

A liga tem propriedades similares ao paládio, que é usado em conversores catalíticos para redução de emissões de gases em veículos, bem como em computadores, telefones celulares, aparelhos de TV de tela plana e instrumentos de odontologia.

Assim como outros metais brancos, como a prata e a platina, o paládio é caro e seus depósitos se limitam à África do Sul e à Rússia. O metal também tem aplicações na produção de células de combustível, uma fonte de energia limpa e renovável que produz eletricidade combinando hidrogênio e oxigênio, tendo como único subproduto a água.

Segundo o jornal, para produzir a nova liga, os cientistas usaram a nanotecnologia para "nebulizar" o ródio e a prata e, gradualmente, os misturaram com álcool aquecido, e os dois metais se fundiram estavelmente ao nível atômico.

O ministério da Indústria do Japão listou 31 metais raros, entre os quais se incluem o paládio e o lítio, usados em produtos industriais, como equipamentos eletrônicos e baterias. Destes, 17 elementos são chamados minerais raros terrestres.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cientistas franceses fazem teletransporte de matéria


Ainda não é exatamente teletransporte, mas estamos chegando perto. Imagine um mecanismo capaz de transportar um corpo fazendo-o desaparecer em uma das pontas e se reconstituir à distância. A grosso modo, é isso que pesquisadores franceses conseguiram fazer. E o melhor: esse novo meio de movimentar matéria não precisa de nenhum tipo de combustível.

Esse sistema, segundo os cientistas do Centro Nacional Francês para Pesquisas Científicas, pode ser usado para mover nanopartículas para dentro ou para fora de determinados corpos, o que facilitará muitas aplicações da biotecnologia. Para se mover, a partícula deve estar dentro de um campo elétrico. Enquanto uma das extremidades vai se dissolvendo, ela ressurge além do ponto onde está a outra extremidade da partícula. Pouco a pouco, ela vai se formando em outro espaço exatamente do jeito que estava antes.

É claro que a distância na qual esse “teletransporte” se opera ainda é ínfima (algo em torno de 100 mícrons (unidade de medida usada em diversas aplicações químicas e biológicas), o que equivale a 0,1 milímetro. Mas isso não é um problema, segundo os cientistas, porque é justamente para executar movimentos de partícula em meios microscópicos (um procedimento que ás vezes é complicadíssimo) que esse sistema foi desenvolvido.

Fonte

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Vinho tinto combate cáries e tártaro



Beba pelos seus dentes: segundo um novo estudo, os compostos no vinho tinto podem prevenir cáries e tártaro.

Os compostos, chamados polifenóis, bloqueiam uma molécula formada pela bactéria Streptococcus mutans, encontrada em todas as bocas. Normalmente, essas bactérias quebram o açúcar que comemos e produzem moléculas pegajosas, denominadas glucanas, que permitem que elas se apeguem a nossos dentes e danifiquem suas superfícies. Elas também produzem um ácido que corrói o esmalte do dente, provocando as cáries.

Segundo os pesquisadores, o caule, a semente e a pele das uvas fermentadas, que sobram da produção de vinho, contêm grandes quantidades de polifenóis. Os polifenóis podem bloquear a capacidade da S. mutans de fazer glucanas, permitindo que as boas bactérias da boca se proliferem, e evitando que as bactérias más grudem nos dentes. Isso é importante, pois a cavidade bucal é um ambiente microbiano muito rico, portanto, não se pode simplesmente excluir as bactérias, já que existem organismos benéficos, e não só patogênicos.

Os pesquisadores também descobriram que os compostos no mirtilo, ou uva-do-monte, funcionam de forma semelhante, bloqueando as moléculas que permitem que uma superfície adesiva se forme em nossos dentes. Os cientistas alimentaram ratos de laboratório com os compostos, chamados proantocianidinas do tipo A, e observaram que a produção de ácido e glucanas das bactérias reduziu 70%, e as cavidades reduziram 45%.

Ainda assim, os pesquisadores advertem que comer muito mirtilo ou beber muito vinho tinto não ajuda a colher os benefícios odontológicos destes compostos. Normalmente, os produtos com mirtilo contêm muito açúcar – o que não é bom para os dentes -, e o vinho tinto pode manchar os dentes.

Em vez disso, os pesquisadores querem encontrar uma maneira de adicionar estes compostos em anti-sépticos bucais, cremes dentais ou chicletes, para combater a placa bacteriana e as cáries. O próximo passo é testar os resultados nos próximos quatro anos. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tabela periódica dos elementos sofre mudanças


 A tabela periódica é ensinada do mesmo jeito há muito tempo. Por mais de um século e meio, os seres humanos usam pesos atômicos padrão – um valor único. Porém, conforme a tecnologia evoluiu, os cientistas descobriram que os números desse gráfico não são tão estáticos como se acreditava anteriormente.
Agora, dez elementos que ajudam a compor o universo – hidrogênio, lítio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, silício, cloro, enxofre e tálio – estão mudando de uma forma sem precedentes: seus pesos atômicos estão sendo alterados.

Os cientistas ainda não inventaram uma fórmula mágica para transformar as massas de todos estes elementos. Em vez disso, eles estão atualizando o que muitas vezes é considerada como “constante da natureza” na tabela periódica.

O padrão de peso atômico de um elemento, que é composto de um tipo de átomo, baseia-se na massa de seus átomos. O problema que os cientistas estão acrescentando está enraizado no fato de que estes átomos nem sempre têm a mesma massa.

Apesar de todos os átomos que constituem um elemento terem o mesmo número de prótons, os elementos têm variantes conhecidas como isótopos que possuem números diferentes de nêutrons em seus núcleos, fazendo com que alguns sejam mais leves ou mais pesados do que outros.

Alguns elementos têm mais de um isótopo estável. Por exemplo, o carbono tem dois: o carbono-12 e carbono-13. Os números em cada isótopo revelam quantas partículas eles têm em seus núcleos. Por exemplo, o carbono-12 tem seis prótons e seis nêutrons.

No passado, para dar um padrão de peso atômico para estes elementos, os cientistas faziam a média dos pesos atômicos destes isótopos com base em quão comum eles eram; quanto mais abundante um isótopo era, maior o papel que desempenhava no padrão de peso atômico. No entanto, a abundância de um isótopo pode variar na natureza, levando a variações de peso atômico de um elemento. Por exemplo, o enxofre tem um padrão de peso atômico de 32,065, mas o seu peso real atômico está entre 32,059 e 32,076, dependendo de onde o elemento é encontrado. Essas pequenas variações no peso atômico de um elemento são importantes para a pesquisa e a indústria. Por exemplo, medições precisas das abundâncias de isótopos de carbono são usadas para determinar a pureza e a fonte de alimentos como mel e baunilha. 

Medições de isótopos de nitrogênio, cloro e outros elementos ajudam a localizar os poluentes em rios e águas subterrâneas. No esporte, as investigações de doping são feitas com base na identificação da testosterona, porque o peso atômico do carbono da testosterona natural humana é maior do que na testosterona farmacêutica. Ou seja, há uma grande quantidade de informações práticas que podemos obter através do peso atômico.

Agora, pela primeira vez na história, os pesos atômicos padrão de dez elementos serão expressos de uma maneira nova, que reflete com mais precisão a forma como esses elementos são encontrados na natureza.
Em vez de valores únicos, eles vão ficar expressos em intervalos, com limites superiores e inferiores, para transmitir variações de peso atômico. Por exemplo, o peso padrão do carbono está listado como um intervalo entre 12,0096 e 12,0116.

Os outros elementos da tabela periódica permanecem iguais, já que elementos com apenas um isótopo estável não apresentam variação em seus pesos atômicos. Por exemplo, os pesos atômicos padrão do flúor, alumínio, sódio e ouro são constantes, e seus valores têm mais de seis casas decimais.

Os especialistas dizem que as mudanças podem parecer confusas para estudantes e cientistas, mas são fáceis de serem aplicadas. Por exemplo: que número deve se usar em um teste, ou no laboratório? Em última instância, dependerá do elemento e do contexto.
Se as pessoas quiserem fazer um cálculo simples que envolva um destes 10 elementos, podem utilizar um valor único chamado de peso atômico convencional. Se precisarem de mais precisão (mais casas decimais do número), podem procurar um valor de peso atômico para o contexto específico que desejam. Por exemplo, o boro na água do mar tem uma faixa de peso atômico muito estreita, então a pessoa poderia selecionar um valor de 10,818.
 

Por que não dá para ir mais rápido que a velocidade da luz?


Porque, quanto mais você corre, mais gordo você fica. Isso mesmo. E, antes de a velocidade do seu corpo chegar a 1,08 bilhão de km/h (a velocidade da luz), ele já terá mais massa que o Universo inteiro. Aí não há, nem nunca haverá, um motor forte o bastante para acelerá-lo. É o que a Teoria da Relatividade ensina: quanto mais um objeto é acelerado, mais massa ele ganha. Isso porque energia e massa são duas faces da mesma moeda – podem ser convertidas uma na outra. Bom, conforme um objeto vai aumentando de velocidade, a energia contida no movimento dele vai se transformando em massa. Você não percebe, mas isso acontece o tempo todo com tudo o que existe. Inclusive com o seu corpo, quando você dá um sprint na pista de cooper. Mas calma: o aumento de massa que a relatividade proporciona nessas condições não vai ameaçar sua dieta, já que ele é menor que 1 bilionésimo de grama. Se você correr a 1,07 bilhão de km/h, o equivalente a 99,9% da velocidade da luz, aí, sim, a situação fica preocupante: um homem com 80 kg passa a ter 2 toneladas. A exatamente 99,99999999%, a massa desse sujeito chegaria a 5 600 toneladas. E por aí vai: se desse para chegar a 100% da velocidade da luz, sua massa ficaria infinita. E tem outro problema: a relatividade mostra que, quanto mais rápido um corpo estiver, mais devagar ele envelhece. Aí, quando você chega perto do 1,08 bilhão de km/h, acontece um absurdo lógico: o tempo passa tão lentamente para você que, quando seu relógio tiver marcado um segundo, o fim dos tempos já terá chegado. Quer dizer: não existe tempo disponível no Universo para que você chegue à velocidade da luz. Nem nunca vai existir. 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Conheça a mais nova forma de perder peso: injeção de urina



Não, leitor, você não leu errado. Pessoas realmente usam injeções de urina para emagrecer – e dizem que funciona e que é uma maravilha!

Injeções de urina já foram usadas na medicina para tratar alergias, antes de medicamentos específicos para isso serem criados. O tratamento “reinventado” promete fazer com que o usuário perca peso.

Uma adepta chamada Sheryl Palone afirma ter perdido 20 quilos, apenas aplicando as injeções milagrosas. E, como se o pensamento de injetar urina em seu organismo não fosse nojento, parece que a urina não pode ser a sua – ela precisa vir de uma mulher grávida. Basicamente, as grávidas “despejariam” hormônios valiosos no emagrecimento através do xixi. Esse hormônio faz com que o metabolismo aja mais rápido e queime mais calorias.

Médicos acreditam que se o tratamento apresenta algum resultado é o velho sistema “placebo”, no qual a mente produz os resultados e não o medicamento. Eles afirmam que nada substitui (ou é mais saudável) que uma alimentação balanceada e exercícios regulares.

Algum leitor corajoso teria o sangue frio de experimentar o tratamento?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Primeiro paciente HIV-positivo curado

 
Médicos alemães declararam que, pela primeira vez, a cura da infecção por HIV foi alcançada em um paciente.

A pesquisa começou em 2007. Os médicos realizaram um transplante de células-tronco em um homem infectado pelo HIV com leucemia. Agora, eles acreditam que o homem foi curado da infecção pelo HIV, como resultado do tratamento que introduziu as células-tronco resistentes à infecção por HIV.

O paciente era soropositivo e tinha desenvolvido uma leucemia mielóide aguda. Ele já havia recebido um tratamento bem sucedido para a leucemia e, posteriormente, teve uma recaída em 2007, o que exigiu um transplante de células-tronco.

O homem recebeu uma medula óssea de um doador que tinha resistência natural à infecção por HIV; isso acontece devido ao perfil genético de algumas pessoas, nas quais falta o co-receptor CCR5. A variedade mais comum de HIV usa o CCR5 como uma “estação de entrada”, deixando o vírus entrar e infectar as células do paciente. As pessoas que tem essa mutação específica, e não tem o CCR5, são quase completamente protegidas contra a doença.

Essa mutação está presente em menos de 1% da população branca na Europa setentrional e ocidental, e está associada com uma redução do risco de se infectar com o HIV. Ou seja, os médicos escolheram as células-tronco de um indivíduo que tinha um perfil genético incomum: uma mutação herdada de ambos os pais, que resultou em células CD4 – células nas quais faltavam o receptor CCR5. 

Antes do transplante de células-tronco, o paciente recebeu tratamento de quimioterapia que destruiu a maioria das células imunológicas, e também recebeu medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição das células-tronco. As terapias foram interrompidas no dia do transplante.

O paciente continuou a receber tratamento imunossupressor para prevenir a rejeição por 38 meses. Aos 5, 24 e 29 meses ele recebeu biópsias. Amostras adicionais foram tomadas para checar sinais de infecção por HIV nas células imunes da parede do intestino.

Durante o período de 38 meses de acompanhamento, as células CD4 doadas repovoaram o sistema imune da mucosa do intestino do paciente, a tal ponto que a frequência de células CD4 era quase o dobro do que em pacientes HIV-negativos saudáveis (do grupo de controle). Esse fenômeno também foi observado em um grupo controle de dez indivíduos HIV-negativos que receberam transplantes de células-tronco.

O repovoamento de células CD4 mutantes foi acompanhado pelo desaparecimento das antigas células CD4. Depois de dois anos, o paciente tinha a contagem de células CD4 de um adulto saudável da mesma idade.

Um dos desafios para qualquer cura da infecção pelo HIV são as células do sistema imunológico, que duram muito, e precisam ser removidas antes que um paciente possa ser curado. No caso do paciente de Berlim, a quimioterapia pareceu ter destruído as células de vida mais longa, e que tinham sido substituídas por células do doador.

O paciente não retomou a terapia anti-retroviral após o transplante. No entanto, o HIV permaneceu indetectável pelos dois testes de carga viral (RNA) e os testes de DNA viral dentro das células. Os níveis de anticorpos contra o HIV diminuíram a tal ponto que o paciente não tinha anticorpos reativos ao núcleo do HIV, apenas níveis muito baixos de anticorpos contra proteínas do HIV.

Dezessete meses após o transplante, o paciente desenvolveu uma condição neurológica, o que exigiu uma biópsia do cérebro. O HIV também foi indetectável no cérebro.

Uma indicação adicional de que o HIV não está presente no paciente reside no fato de que as células CD4 do paciente são vulneráveis à infecção com o vírus que atinge o receptor CXCR4 (a única forma que os pacientes com mutação onde está ausente o CCR5 podem pegar). Se algum vírus com esta preferência ainda estivesse presente, infectaria rapidamente a grande população de células CD4.

O paciente, além do HIV, teve um tratamento para a leucemia cansativo e demorado, com recaídas. Seu problema neurológico o levou à cegueira temporária e problemas de memória. Ele ainda está em fase de fisioterapia para restaurar a sua coordenação, bem como terapia fonoaudiológica.

Se a cura realmente foi alcançada neste paciente, aponta o caminho para as tentativas de desenvolver uma cura para a infecção por HIV através de células-tronco geneticamente modificadas.

Segundo os pesquisadores, as conclusões apontam para a importância de suprimir a produção de células CCR5, quer através de transplantes ou terapia gênica. Eles discutem como poderiam coordenar os esforços para identificar doadores CCR5-delta32 homozigotos, e ampliar a oferta de células-tronco desses doadores.
Por exemplo, através de amostra de células do sangue do cordão umbilical de bebês nascidos de mães que são homozigotos para CCR5-delta32, a fim de, eventualmente, facilitar a terapia com células-tronco.

Porém, as técnicas de terapia genética, que podem transformar as células-tronco e todos os seus descendentes em células resistentes à entrada do HIV, pode ser uma opção mais prática do que procurar doadores.

Muitos grupos de pesquisa receberam financiamento para explorar as técnicas de engenharia e de introdução de células-tronco sem CCR5. Se essas abordagens tiverem sucesso, serão terapias caras, por isso nos primeiros estágios é provável que a cura seja reservada para pessoas sem opções de tratamento, ou com câncer de medula óssea, ou que exijam transferência de células-tronco.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Spray de células-tronco pode curar queimaduras


 Médicos americanos relataram sucesso em testes de um projeto-piloto para uma solução em spray de células-tronco, que se espirrar diretamente sobre queimaduras.

Os cientistas combinaram uma concentração de plaquetas sem células vermelhas do próprio paciente com cálcio e trombina. Disso, resultou uma solução que pode ser pulverizada sobre queimaduras.

Nos testes realizados, o spray tem se mostrado eficaz no tratamento de pequenas queimaduras, e parece aumentar a probabilidade de poder colocar um enxerto de pele. Isso significa que a aplicação desta tecnologia pode ser possível a outros tipos de transplantes.

A pesquisa se baseou em um método australiano semelhante, chamado ReCell e criado em dezembro do ano passado.

O ReCell tem sido amplamente utilizado na Austrália, Europa e China e chamou a atenção por ser um tratamento rápido. Ele age por um processo muito parecido: dissolve as células basais e os queratinócitos a partir de uma amostra de biópsia, produzindo um spray de enzima.

Ambos os métodos são promissores para o uso de tecnologias regenerativas no tratamento de queimaduras. Em 2009, As Forças Armadas e o Instituto de Medicina Regenerativa dos EUA concederam uma doação de 2,45 milhões de reais aos ensaios clínicos do ReCell para agilizar o processo, sugerindo que há bastante interesse pelos resultados bem sucedidos, a fim de uma aprovação rápida e ampla utilização do remédio no mercado. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Bactéria criada em laboratório pode processar dados digitais

Os genes de bactérias E. Coli foram alterados para que elas agissem como componentes eletrônicos, respondendo a sinais análogos aos de um computador

Bactérias e outras células que fazem contas matemáticas, computam chaves criptográficas ou até remendam concreto, já existem. Porém, todo esse potencial é feito na unha, se aproveitando de comportamento já existentes nesses micróbios, e não é fácil ensinar novas tarefas a eles. Para contornar este problema, o pesquisador estadunidense Christopher A. Voigt quer criar colônias de bactérias que funcionem como computadores programáveis e já deu o primeiro passo: bactérias que operam como portas lógicas.

Portas lógicas formam a base teórica de toda a eletrônica digital (e, por conseguinte, dos computadores): são elas que recebem os 0s e 1s e fazem operações matemáticas com elas. Combinando portas lógicas, é possível fazer um aparelho capaz de ler e interpretar programas. O pro cessador de um computador, hoje, é um grande emaranhado de portas lógicas e, pode-se dizer, não contém nenhum outro elemento além dessas portas.

O que Voigt fez foi alterar os genes de bactérias E. Coli para que elas agissem como estes componentes, respondendo a sinais análogos aos de um computador eletrônico. Se na computação eletrônica, os 0s e 1s são representados pelo fluxo de elétrons, na computação biológica os dados são transmitidos e guardados por elementos químicos.

As bactérias atuais ainda não são capazes de operações complexas, mas a expectativa do pesquisador da Universidade da Califórnia é gerar computadores biológicos capazes de rodar programas semelhantes a um computador eletrônico. Isso significaria uma cepa de bactérias capazes de interpretar códigos compilados a partir de linguagens de alto nível.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

7 drogas ilegais que podem ser usadas em tratamentos médicos

Maconha pode ser usada para aliviar a dor – mas ela não é a única droga ilegal que pode ser usada como remédio. Confira essa lista com outras sete drogas que também servem a propósitos médicos e lembre-se que você não deve, em hipótese alguma, fazer uso delas sem o acompanhamento correto:

1. LSD


O governo dos Estados Unidos, nas décadas de 50 e 60, fez vários testes com o LSD para que ele fosse usado por soldados na guerra, mas pouca gente sabe que a comunidade médica também se interessou pela droga. Estudos dos anos 50 mostraram que ela é eficiente no tratamento contra o alcoolismo em até 50% dos casos. Em um hospital de Maryland, os médicos ofereciam LSD aos seus pacientes de câncer em caso terminal para diminuir a ansiedade deles em relação à morte. Um terço dos pacientes disse se sentir menos nervoso e com menos dores. Durante os anos 60, o LSD foi usado na psicoterapia, para aliviar dores crônicas. Até em doses menores do que as que produzem alucinações, o LSD era mais eficiente do que outros analgésicos. Mais recentemente, Harvard usou LSD para tratar pacientes com enxaquecas, com uma dosagem bem pequena, inferior à que produz alucinações, e diminui as dores dos pacientes.

2. Cogumelos mágicos

 Os componentes dos cogumelos mágicos têm efeitos similares aos do LSD, especialmente no tratamento de enxaquecas. Uma quantidade bem inferior àquela que produz alucinações pode diminuir a freqüência das crises de enxaquecas, com os pacientes podendo passar até seis meses sem ter uma única crise.

 3. Ecstasy

 O componente que deixa os usuários do ecstasy tão alegres também pode ser usado para tratar distúrbios de ansiedade. Também seria eficiente para diminuir os sintomas de Parkinson liberando serotonina no organismo. Vítimas de estresse pós-traumático também mostram uma resposta positiva nos tratamentos com a droga.

4. Cocaína

Bem antes de ser usada em “carreirinhas” a cocaína era considerada um remédio milagroso, que poderia ser usada para curar desde alcoolismo até febres. Apesar da medicina moderna ter descoberto tratamentos mais seguros, a droga ainda é usada, muitas vezes, como anestésico para cirurgias nos olhos, no nariz e na garganta. Também foi usada como tratamento para pacientes que sofrem com dores de cabeça severas. A planta que produz a cocaína, a coca, têm menos alcalóides e foi usada por muitos séculos na medicina dos americanos nativos.
5. Heroína
 
É conhecida como um dos mais eficientes analgésicos do mundo! Ainda é usada para tratar dor extrema, no caso de pacientes com câncer nos ossos, por exemplo. A literatura médica indica a heroína como um analgésico mais seguro do que opiatos sintéticos usados hoje.
6. Ketamina

É um tranqüilizante de animais conhecido como “o K especial”. Provou que pode tratar e curar depressão, até mesmo em pessoas que não mostraram reação a outros tipos de tratamento. O mais interessante é que a droga é capaz de consertar conexões no cérebro que foram danificadas por estresse crônico.
7. Anfetaminas

São usadas hoje para tratar várias doenças, incluindo narcolepsia e déficit de atenção. Algumas pesquisas mostraram que elas podem ser eficientes até no combate contra a obesidade. Outro uso surpreendente é na recuperação de pacientes que sofreram um ataque cardíaco.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma aspirina por dia pode reduzir o risco de câncer em até 60%

A aspirina é considerada por muitos um remédio milagroso – e, segundo essa nova pesquisa, ela merece o título. Pesquisadores descobriram que a droga pode reduzir as chances de alguém desenvolver algum tipo comum de câncer em até 60%.

O estudo demorou oito anos para ser concluído e analisou 25 mil pacientes , mas os cientistas descobriram que uma dose diária de 75mg de aspirina por dia, durante cinco anos, pode reduzir as chances de alguém desenvolver um câncer comum drasticamente.
Seguem algumas das descobertas:
  • Depois de cinco anos de aspirina diária as chances de morte por câncer gastrointestinal caem 54%
  • Depois de 20 anos as chances de morte por câncer de próstata caem 10%
  • Depois de 20 anos as chances de morte por câncer de pulmão caem 30% (nos não-fumantes)
  • Depois de 20 anos as chances de morte por câncer coloretal caem 40%
  • Depois de 20 anos as chances de morte por câncer de esôfago caem 60%
Segundo o autor do estudo, o professor Peter Rothwell, da Universidade de Oxford, muitas pessoas deixam de tomar a aspirina porque correm o risco de sangramento. Deixam de prevenir um infarto por causa disso. No entanto, com os novos números de prevenção contra o câncer, é possível que as pessoas passem a consumir mais o remédio.

Fonte

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pesquisadores desenvolvem robô capaz de ler sua mente e “aprender”


Pesquisadores da Universidade de Washington querem inovar tecnologia da interface cérebro-computador (ICC) ao ensinar novas habilidades a robôs através de sinais cerebrais.

A pesquisa ICC tem atingido seu auge em “substitutos robóticos” que oferecem a pessoas paralisadas a liberdade para explorar o ambiente, manipular objetos, etc. 

O cérebro gera um sinal involuntário, conhecido como P300 ou P3, toda vez que reconhece um objeto. Este sinal é causado por milhões de neurônios de forma sincronizada. Essa informação tem sido usada por muitos pesquisadores para criar aplicativos ICC que permitem aos usuários soletrar uma palavra, identificar imagens, entre outras coisas.

No estudo recente, os pesquisadores programaram um robô humanóide com comportamentos simples, que os usuários poderiam selecionar através de fios de eletroencefalograma (EEG) que pegam sua atividade cerebral.

O objetivo inicial da equipe era que o usuário enviasse um comando para o robô processá-lo em um movimento. No entanto, isso requer a programação do robô com um conjunto pré-definido de comportamentos muito simples, uma abordagem que os pesquisadores acharam muito limitante.

A ideia passou a ser dar ao robô a capacidade de aprender, o que permitiria uma maior amplitude de movimentos e respostas. 

Segundo os pesquisadores, o cérebro está organizado em vários níveis de controle. Os circuitos de baixo nível cuidam de comportamentos como caminhar, enquanto o nível mais elevado permite que você execute outros comportamentos.

Por exemplo, dirigir um carro pela primeira vez exige aprendizagem, e mais tarde torna-se um comportamento de baixo nível quase autônomo, que faz com que você consiga reconhecer e acenar para um amigo na rua enquanto está dirigindo.

A equipe da pesquisa quer emular esse tipo de comportamento, embora de uma forma mais simplista, e para isso estão desenvolvendo uma interface “hierárquica” cérebro-computador para controlar um robô.

Um comportamento ensinado inicialmente pelo usuário será traduzido em um comando de nível superior. Quando pedido mais tarde, os detalhes do comportamento serão totalmente manipulados pelo robô.

Uma vez que uma pessoa coloca a “touca” de EGG, ela pode optar por ensinar ao robô uma nova habilidade, ou executar um comando conhecido através de um menu. No modo “ensinar”, algoritmos de aprendizado da máquina são utilizados para mapear as leituras dos sensores do robô a comandos apropriados.

Se o robô for bem sucedido na aprendizagem do novo comportamento, o usuário pode pedir que o sistema o armazene como um comando de alto nível novo, que aparecerá na lista de opções disponíveis da próxima vez.

O sistema resultante é tanto adaptável quanto hierárquico. Adaptável porque aprende com o usuário, e hierárquico, pois os novos comandos podem ser compostos de sequências de comandos previamente aprendidos.

A interface adaptativa do cérebro é extremamente útil porque pode permitir aos pacientes paralisados ensinar diretamente um robô a fazer algo, libertando-os da necessidade de usar mouse, teclado ou telas sensíveis ao toque, que são feitas para usuários mais capazes.

Mas o ICC também pode ser um processo demorado e atrapalhado, pois leva algum tempo para que o sistema identifique os sinais do cérebro.

O principal desafio no momento é conseguir que o sistema seja preciso, tendo em vista o quão ruidosos podem ser os sinais de EEG. O EEG pode ser usado para ensinar habilidades simples aos robôs, como navegar para um local novo, mas os pesquisadores não esperam ensinar ao robô habilidades complexas que envolvem muita manipulação, como abrir um frasco de remédio ou amarrar um sapato.

O protótipo mais recente da equipe é o robô “Mitra”, que significa “amigo”. É um humanóide de dois metros de altura que pode caminhar, procurar objetos familiares e pegar ou largar objetos. A equipe está construindo uma ICC que pode ser usada para treinar o Mitra a andar para locais diferentes dentro de um quarto.

Segundo os pesquisadores, pode ser possível atingir um grau maior de controle, quer através da utilização de uma ICC invasiva, ou permitindo ao usuário selecionar vídeos de ações humanas que o robô poderá tentar aprender.

Um esforço paralelo do mesmo laboratório está trabalhando em imitações baseadas em algoritmos de aprendizagem que permitem que um robô imite ações complexas, como chutar uma bola ou levantar objetos, só de assistir um ser humano realizar a tarefa.

10% de seus contatos em redes sociais não serão humanos em 2015

Como você sabe que seus amigos virtuais são pessoas de verdade? De acordo com uma estimativa da empresa Gartner, um em cada dez de seus contatos será uma máquina, em 2015.

Isso não quer dizer que você estará jogando fazendinha com robôs, mas sim que as empresas irão automatizar seus perfis de redes sociais para que eles atraiam mais consumidores. A interação com os seguidores do perfil de uma empresa não será só automatizada, como também poderá ser customizada para cada seguidor, fazendo com que o perfil forneça respostas específicas para cada ação do contato.

Segundo a Gartner isso será tão comum que 10% de nossos contatos em redes sociais não serão “humanos”. Como as pessoas têm uma média de 500 contatos nas redes sociais que usam, então em 2015, 50 deles serão automatizados.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O maior satélite de espionagem do mundo

NROL-32
O exército norte-americano lançou o maior satélite de espionagem do mundo, o NROL-32, segundo informou a United Launch Alliance (ULA), em comunicado. O NROL-32 foi lançado com sucesso a partir da base aérea do Cabo Canaveral, num foguete Delta IV, referiu a ULA, uma empresa privada que colabora com o Departamento da Defesa norte-americano.

Foram revelados poucos detalhes, por se tratar de uma operação secreta, mas sabe-se que o NROL-32 é um satélite geostacionário cuja missão é dar apoio à defesa nacional. O satélite transporta uma grande antena colectiva útil para a espionagem electrónica, o que o transforma no maior satélite posto em órbita.



Trata-se do quarto lançamento de um Delta IV Heavy, o foguete com maior capacidade de carga útil actualmente ao serviço. Num discurso pronunciado em Setembro passado, o director da agência nacional de reconhecimento (NRO, na sigla em inglês), Bruce Carlson, tinha adiantado que o Delta IV lançaria este outono “o maior satélite do mundo”.

A NRO é uma das 16 agências de segurança dos Estados Unidos e a sua principal missão é manter-se a par das últimas tecnologias espaciais para “vigiar a partir de cima”.

De acordo com o site deste organismo, a sua função é desenhar, construir e operar os satélites de reconhecimento norte-americanos para facilitar à CIA e ao Departamento da Defesa serviços de inteligência via satélite.

“Esta missão vai ajudar a garantir que os recursos vitais da NRO continuem a reforçar a nossa defesa nacional” , afirmou o general da brigada Ed Wilson, responsável pelo lançamento.