A tabela periódica é ensinada do mesmo jeito há muito tempo. Por mais  de um século e meio, os seres humanos usam pesos atômicos padrão – um  valor único. Porém, conforme a tecnologia evoluiu, os cientistas  descobriram que os números desse gráfico não são tão estáticos como se  acreditava anteriormente.
Agora, dez elementos que ajudam a compor o universo – hidrogênio,  lítio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, silício, cloro, enxofre e  tálio – estão mudando de uma forma sem precedentes: seus pesos atômicos  estão sendo alterados.
Os cientistas ainda não inventaram uma fórmula mágica para  transformar as massas de todos estes elementos. Em vez disso, eles estão  atualizando o que muitas vezes é considerada como “constante da  natureza” na tabela periódica.
O padrão de peso atômico de um elemento, que é composto de um tipo de  átomo, baseia-se na massa de seus átomos. O problema que os cientistas  estão acrescentando está enraizado no fato de que estes átomos nem  sempre têm a mesma massa.
Apesar de todos os átomos que constituem um elemento terem o mesmo  número de prótons, os elementos têm variantes conhecidas como isótopos  que possuem números diferentes de nêutrons em seus núcleos, fazendo com  que alguns sejam mais leves ou mais pesados do que outros.
Alguns elementos têm mais de um isótopo estável. Por exemplo, o  carbono tem dois: o carbono-12 e carbono-13. Os números em cada isótopo  revelam quantas partículas eles têm em seus núcleos. Por exemplo, o  carbono-12 tem seis prótons e seis nêutrons.
No passado, para dar um padrão de peso atômico para estes elementos,  os cientistas faziam a média dos pesos atômicos destes isótopos com base  em quão comum eles eram; quanto mais abundante um isótopo era, maior o  papel que desempenhava no padrão de peso atômico. No entanto, a abundância de um isótopo pode variar na natureza,  levando a variações de peso atômico de um elemento. Por exemplo, o  enxofre tem um padrão de peso atômico de 32,065, mas o seu peso real  atômico está entre 32,059 e 32,076, dependendo de onde o elemento é  encontrado. Essas pequenas variações no peso atômico de um elemento são  importantes para a pesquisa e a indústria. Por exemplo, medições  precisas das abundâncias de isótopos de carbono são usadas para  determinar a pureza e a fonte de alimentos como mel e baunilha. 
Medições de isótopos de nitrogênio, cloro e outros elementos ajudam a  localizar os poluentes em rios e águas subterrâneas. No esporte, as  investigações de doping são feitas com base na identificação da  testosterona, porque o peso atômico do carbono da testosterona natural  humana é maior do que na testosterona farmacêutica. Ou seja, há uma  grande quantidade de informações práticas que podemos obter através do  peso atômico.
Agora, pela primeira vez na história, os pesos atômicos padrão de dez  elementos serão expressos de uma maneira nova, que reflete com mais  precisão a forma como esses elementos são encontrados na natureza. 
Em vez de valores únicos, eles vão ficar expressos em intervalos, com  limites superiores e inferiores, para transmitir variações de peso  atômico. Por exemplo, o peso padrão do carbono está listado como um  intervalo entre 12,0096 e 12,0116.
Os outros elementos da tabela periódica permanecem iguais, já que  elementos com apenas um isótopo estável não apresentam variação em seus  pesos atômicos. Por exemplo, os pesos atômicos padrão do flúor,  alumínio, sódio e ouro são constantes, e seus valores têm mais de seis  casas decimais.
Os especialistas dizem que as mudanças podem parecer confusas para  estudantes e cientistas, mas são fáceis de serem aplicadas. Por exemplo:  que número deve se usar em um teste, ou no laboratório? Em última  instância, dependerá do elemento e do contexto.
 Se as pessoas quiserem fazer um cálculo simples que envolva um destes  10 elementos, podem utilizar um valor único chamado de peso atômico  convencional. Se precisarem de mais precisão (mais casas decimais do  número), podem procurar um valor de peso atômico para o contexto  específico que desejam. Por exemplo, o boro na água do mar tem uma faixa  de peso atômico muito estreita, então a pessoa poderia selecionar um  valor de 10,818.

nada haver...
ResponderExcluiroi
ResponderExcluirGostei muito,dar para clarear um pouco a mente das pessoas.
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