Certamente você já ouviu falar dela, porém, você  sabe onde a nanotecnologia é usada? Então acompanhe os fatos mais  curiosos sobre as pequenas partículas.
A nanotecnologia  está presente em vários lugares, mesmo que não consigamos visualizá-la  de fato. Afinal, quem vai enxergar uma coisa tão pequena, mas tão  pequena que não pode ser medida em centímetro ou milímetro (o nanômetro  equivale a um bilionésimo do metro, ou seja, a quantidade de barba que  cresce no rosto de um homem logo após a primeira passada da lâmina, veja  você).
Porém, esta engenharia de sistemas funcionais em escala molecular faz  cada vez mais parte do dia a dia, apesar de não termos a exata  consciência disso. Listaremos aqui alguns fatos interessantes (e  assustadores) sobre a nanotecnologia, para que você conheça um pouco  mais sobre esta pequena gigante que está em evidência.
Fato 1: não é de hoje
Antes de mais nada, o que você precisa saber sobre nanotecnologia é  que ela não passou a existir nos anos 80, quando foi nomeada. Já na  Idade Média, os artistas se utilizavam de uma forma de nanotecnologia ao  criar uma mistura de cloreto de ouro em vidro derretido.
O resultado era um vidro com pequenas esferas douradas em seu  conteúdo, que absorviam e refletiam a luz do Sol de forma a produzir um  vermelho rubi mais vivo, que se destacava em obras de arte. Portanto,  saiba que os primeiros nanotecnólogos o eram antes mesmo de saber do que  se tratava esta nova forma de lidar com tamanhos diminutos.
Claro, a manipulação na escala que atualmente conhecemos não é tão  antiga assim. Apenas em 1989, o engenheiro da IBM Don Eigler conseguiu,  com a ajuda de microscópio em escala atômica, mover e controlar um único  átomo. Atualmente, os pesquisadores da Universidade de Princeton são  capazes de controlar um único elétron (sim, você leu direito, um mísero e  nano elétron).
Fato 2: tamanho é documento
No caso da nanotecnologia, tamanho faz toda a diferença. A proporção  diminuta de certos materiais faz com que propriedades como cor,  transparência e pontos de derretimento sejam diferentes de porções  maiores da mesma substância.
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Fonte da Imagem: Divulgação/LG  | 
Pense nas telas que cada vez mais se utilizam da nanotecnologia:  são finas e ainda deixam a imagem melhor do que aquelas equipadas com  LED ou Plasma. Não, elas não são microscópicas, apenas mais finas do que  as demais, por usar materiais que ocupam menos espaço, as benditas  nanopartículas.
Fato 3: se você não comeu, ainda vai comer
Para realçar cor, sabores e aumentar a validade para uso, diversos  produtos alimentícios, e cosméticos estão recebendo nanopartículas  diversas. Enquanto a lei em relação a esses elementos não é  regulamentada, ninguém sabe quais produtos utilizam a nanotecnologia (e o  quanto de nanopartículas existem) para deixar ainda mais bonita e  durável a comida que você ingere ou o creme antirrugas sagrado para o  rosto.
Não existe regulamentação, por exemplo, que façam com que as empresas  avisem as nanotecnologias empregadas nos diversos itens de consumo. Da  mesma forma, não se sabem ainda quais são os riscos trazidos por  alimentos que contenham as pequenas partículas, uma vez que os testes  ainda não se mostram conclusivos nesta área.
Fato 4: seu corpo vai reter alguma coisa
O que se pode supor, entretanto, é que o corpo vai receber estas  nanopartículas e, assim como nos metais pesados, uma probabilidade é que  elas sejam retidas em seu organismo, em vez de liberadas para o  ambiente.
A quantidade pode ser pequena, mas ao se acumular no organismo,  certas propriedades podem fazer mal aos consumidores da nanotecnologia  utilizada para conservar os alimentos. Como os estudos na área ainda não  são conclusivos e as embalagens não mostram os números factuais sobre o  assunto, é difícil saber o futuro e os problemas ocasionados por  elementos tão pequenos.
Por via das dúvidas, faça o seguinte: não coma nada que você não  possa ver (ok, é um conselho idiota, mas piadinhas nunca fizeram mal a  ninguém, diferente, pelo jeito, de alimentos que usam a nanotecnologia).
Fato 5: o corpo não é páreo para elas
Além da possibilidade de serem acumuladas no corpo, as  nanopartículas, por causa do seu tamanho diminuto, também não respeitam  as barreiras do corpo. Pesquisas indicam que elas podem passear pelo  sangue, penetrar em células e até mesmo passear pelo seu cérebro,  provocando danos – isso é de dar medo – não apenas cerebrais, mas em  outros órgãos vitais.
Fato 6: se o corpo não é páreo, as doenças também não são
Porém, como essas minúsculas matérias passeiam pelo nosso corpo, elas  também podem nos ajudar em termos de saúde. Pesquisadores da  Universidade de San Diego criaram nanopartículas fluorescentes que brilham dentro do seu corpo, facilitando a visualização de tumores ou danos a órgãos vitais.
Já os pesquisadores de Yale criaram nanosferas plásticas  que envolvem os antígenos e podem ajudar a melhorar a eficiência de  vacinas contra tumores cancerígenos. O invólucro ajuda a proteger a  proteína citocina, que ajuda o corpo a produzir mais dos grandes e belos  anticorpos necessários para combater doenças e infecções.
Fato 7: nanopartículas podem fazer parte do seu cérebro (no bom sentido)
Na mesma linha de estudo para a ajuda na medicina, pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia usam os nanotubos para criar neurônios sintéticos. A ideia é conseguir transformar os nanotubos em redes funcionais, que facilitariam os implantes cerebrais.
Fato 8: seus dentes também são beneficiados
Se você pensa que apenas doenças mais complicadas serão afetadas pela  nanotecnologia, está muito enganado. Até mesmo a restauração dos seus  dentes já pode conter traços dessa nova tecnologia.
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Fonte da Imagem: 3M  | 
Por permitir que os estudiosos lidem com a estrutura de materiais em  um nível molecular, as “massas” usadas para restaurações feitas com uso  da estrutura molecular são criadas para durar ainda mais tempo. Além  disso, o material é mais fácil de manusear (polir e esculpir), ficando  mais bonito em sua boca, em comparação do que aqueles “prateados” que,  convenhamos, ficam feios para caramba quando usados em dentes  branquinhos.
Fato 9: roupas entram na brincadeira
As roupas também recebem influência da nanotecnologia, acredite ou  não. Cientistas da Universidade Tecnológica da Georgia criaram geradores  elétricos feitos de nanofios, colocando-os em pequenas jaquetas feitas  especialmente para hamsters.Quando os ratinhos corriam, os geradores fabricavam eletricidade. A  ideia é transportar essas características para roupas humanas, para que  você possa, por exemplo, carregar seu celular enquanto sai para correr,  ou ainda, medir sua pressão arterial em um gadget conectado às batidas  do coração.
Outras empresas de roupas (GAP, Dockers, Old Navy e mais) se utilizam da nanotecnologia já no tratamento do próprio tecido. O Nano-Tex “reorganiza” as fibras da roupa, criando propriedades interessantes como conforto, resistência e impermeabilidade. Para isso, tecidos de algodão são mergulhados em uma solução com trilhões de nanofibras, que se fundem com o tecido da roupa. Essa “solução” também pode ser usada em panos de sofás, tapetes e o que mais se imaginar.
Fato 10: a tecnologia não pode parar
Além dos usos mais curiosos e assustadores da nanotecnologia, ela  certamente já faz muito para a criação de eletrônicos menores e mais  potentes. Pesquisadores governamentais dos Estados Unidos criaram  matrizes de nanodutos de cromo que podem armazenar dados com  uniformidade nunca antes vista. O objetivo é construir chips de silicone  mais complexos e integrados.
Além de condutores, pesquisas estão sendo conduzidas em Illinois, um  dos centros de pesquisas moleculares, e trazem outros resultados  interessantes. A nanotecnologia permite o estudo da criação de  partículas que detectam mercúrio, colas eletrônicas para baratear o  custo de semicondutores, máquinas de Raio-X ainda mais precisas e muito  mais.
Fato 11: medo da Skynet
Para não chegarmos ao 13 (que pode dar azar) paramos no último fato  sobre a nanotecnologia. Com a utilização e criação a partir de escalas  moleculares, é possível controlar e influenciar o crescimento para a  formação de várias configurações (de acordo com suas propriedades  naturais químicas).
Entretanto, os processos estão se tornando cada vez mais complexos,  com a criação de computadores inteiros com o uso destas características.  Em um caso hipotético, o que aconteceria se esses mesmos processos  saíssem do controle? Teríamos o destino criado em filmes como “O Exterminador do Futuro” ou “Eu, Robô” em nossas mãos?
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| Fonte da Imagem: Divulgação/Warner | 
Além da criação de pequenos robôs capazes de entrar em guerra com  quem manipula materiais em níveis moleculares, a nanotecnologia também  se aplica a guerras (entre humanos, nesse caso). Armaduras resistentes,  lasers e outros artefatos podem ser criados através da manipulação de  materiais, o que pode levar a várias experiências equivocadas, perigosas  e terroristas. Calafrios para os mais preocupados com a revolução das  máquinas!
Teorias destruidoras de mundo à parte, vale a pena comentar que a  nanotecnologia já faz parte da sua vida de uma forma ou outra, seja na  televisão que acabou de comprar ou na camiseta que se mantém  “fresquinha” mesmo depois de 200 km de corrida. Qual será o destino de  todas essas especulações, só vamos descobrir daqui a sabe-se lá quantos  anos. Porque, afinal, ainda não existe uma máquina nanoDelorien sendo construída.




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