terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Religiosidade relacionada com baixo poder aquisitivo

As Organizações Gallup, instituição de consultoria financeira sediada em Washington D.C (EUA), estão fazendo um estudo que relaciona o nível econômico das pessoas e sua devoção às religiões. Descobriram que a tendência, em linhas gerais, é a seguinte: quanto mais pobre é a pessoa, maior sua dedicação a uma crença religiosa.

Com base em uma pesquisa de 2009, feita em 114 países, os consultores afirmam que 84% da população dizem que a religião é parte importante de suas vidas. Entre os países mais religiosos, a média do PIB per Capita está abaixo de 5.000 dólares. Nos países mais pobres do mundo (aqueles com renda média per capita de US$ 2.000 ou menos) 95% são ligados a alguma crença religiosa. Nos países ricos (PIB per Capita superior a US$ 25.000), esta taxa está em apenas 47%. Isso reflete, segundo a organização, o forte vínculo entre o nível socioeconômico do país e a religiosidade de seus moradores.

A teoria predominante para esses índices, no entanto, não diz que a religião causa a pobreza, e sim o contrário. Pessoas pobres tendem a se agarrar a uma crença religiosa, seja pela comunidade que se forma em torno delas, pela mensagem humanitária que os conforta ou pela promessa de uma recompensa após a morte em uma vida cheia de privações. 

Seja como for, há ainda um índice curioso: os Estados Unidos, maior potência econômica do mundo, é uma exceção a essa regra. 65% da população americana dizem que a religião é importante em suas vidas diárias. Em países ricos da Europa, a porcentagem é muito menor, como por exemplo: Suécia: 17%; Dinamarca: 19%; Grã-Bretanha: 27% e França: 30%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário