domingo, 18 de dezembro de 2011

Sucessor do PSP, PlayStation Vita chega ao mercado japonês

Aparelho começou a ser vendido neste sábado, em Tóquio. Versões custam US$ 383 (3G e wi-fi) e US$ 318 (só com wi-fi).

O novo console portátil da Sony, o PlayStation Vita, sucessor do PSP, chegou neste sábado (17) às lojas do Japão, onde em plena temporada de compras natalinas concorrerá com o Nintendo 3DS.

No começo da manhã, mais de 100 pessoas faziam fila em frente a um dos estabelecimentos do bairro de Shibuya, em Tóquio, que marcou o lançamento do console com uma cerimônia na qual esteve presente o vice-presidente da Sony, Kazuo Hirai.

Também compareceu ao evento Andrew House, responsável da Sony Computer Entertainment, a divisão de videogames do grupo, que destacou a capacidade do novo PS Vita para "unir as pessoas em rede através da experiência do jogo".

Com uma tela touchscreen frontal de cinco polegadas e um painel traseiro também tátil, o PS Vita foi lançado no mercado japonês em duas versões: uma com conexão 3G e wi-fi por 29.980 ienes (US$ 383) e outra só com wi-fi por 24.980 ienes (US$ 318).

O novo console conta com dois controles analógicos, sensores de movimento, câmeras traseira e dianteira e a conectividade como um de seus principais destaques, ao permitir ao usuário interagir com jogos em PS3 e baixar aplicativos de redes sociais como Facebook e Twitter.

Consumidores mostram os aparelhos PlayStation Vita adquirido no primeiro dia de vendas do portátil no Japão. (Foto: Kyodo News / AP Photo)

O dispositivo, que também pode ser utilizado para reproduzir música e vídeos e tirar fotografias, chegará aos mercados da Europa e dos Estados Unidos em 22 de fevereiro.

No Japão, desembarcou neste sábado acompanhado de 24 novos títulos, entre eles "Uncharted: Golden Abyss", "Dark Quest" e "Disgaea 3".

O lançamento do PS Vita intensificará a rivalidade no mercado japonês de videogames, após a divulgação feita durante esta semana que as vendas globais do Nintendo 3DS já ultrapassaram três milhões de unidades desde que chegou às lojas, em fevereiro.

Por enquanto, o grupo japonês não divulgou seu objetivo de vendas para o PS Vita, mas anunciou que as reservas do dispositivo no Japão se esgotaram em pouco tempo.

O herdeiro do PSP (que desde seu lançamento, no final de 2004, vendeu 73 milhões de unidades) é a grande aposta da Sony para avançar no disputado terreno do lazer portátil, no qual entraram com força os smartphones e dispositivos como o iPad, da Apple.

No ano fiscal de 2010, a Sony perdeu cerca de US$ 3,328 bilhões, e neste ano, que termina em março de 2012, deverá ter prejuízo de US$ 1,157 bilhão.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Fabricante estuda produzir tablet popular de R$ 100 no Brasil

DataWind criou linha de produção na Índia para vender gadgets baratos. Segundo presidente da empresa, países como Brasil mostraram interesse.

Suneet Singh Tuli é o presidente
da DataWind (Foto: Divulgação)

Um tablet de R$ 100 pode ser produzido no Brasil. A fabricante DataWind estuda estabelecer uma produção local para o chamado UbiSlate, vendido na Índia por R$ 104 (3 mil rupias indianas). “Para lidar com os impostos do país, estamos pensando em produzir o aparelho localmente”, afirmou Suneet Singh Tuli, presidente da DataWind, em entrevista por e-mail ao G1.

Em outubro, a Índia distribuiu gratuitamente 100 mil UbiSlates aos estudantes – chamado de “Aakash” pelo governo. Outras 10 milhões de unidades serão comercializadas para a educação pelo preço subsidiado de R$ 60. Para conseguir um preço tão baixo, a DataWind criou uma linha de produção apenas para o tablet na Índia.

Tuli disse que o governo brasileiro também mostrou interesse em fazer um programa semelhante. “Como outros governos ao redor do mundo, o interesse do Brasil é criar uma produção local e proporcionar dispositivos de baixo custo para os estudantes”, afirmou. Outros países interessados são: Tailândia, Turquia, Egito, Sri Lanka, Trinidad e Tobago e Panamá.

“Com as 900 milhões de linhas de celular que existem na Índia, acreditamos que há pessoas suficientes com acesso a redes móveis e eletricidade que podem pagar por dispositivos com preço de celular”, disse Tuli. “Então, sentimos que a última peça que falta no quebra-cabeça são dispositivos de baixo custo. Fornecendo tablets com preços na faixa da maioria dos celulares, vamos quebrar a barreira do custo”, afirmou Tuli.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação no Brasil, que confirmou que o governo estuda levar tablets aos alunos, com base no programa “Computador para Todos”. Porém, o governo não confirmou o contato com a DataWind. "O edital para aquisição de tablets, bem como o projeto pedagógico da ação, ainda estão em estudo no Ministério da Educação e no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, respondeu a assessoria do órgão.

Aparelhos baratos
Na Índia, a DataWind ganhou uma licitação para fabricar 100 mil tablets para o governo. “Tínhamos um produto que correspondia às especificações exigidas. Era uma licitação pública, e empresas de todo o mundo foram convidadas. Nós ganhamos por termos o lance de menor custo”, explicou Tuli.

Estudantes indianos mostram os tablets oferecidos pelo governo da Índia (Foto: Gurinder Osan/AP)


 Para desenvolver dispositivos tão baratos, a empresa possui uma tecnologia que desloca o poder de processamento e a memória dos aparelhos para servidores nas “nuvens”. “Nossos anos de experiência na fabricação e desenvolvimento de produtos nos permite ter custos menores que a maioria dos fabricantes chineses”, diz Tuli. “Não estamos limitados apenas às margens de lucro do aparelho. Também focamos lucrar com o sistema operacional”.

Fundada em 2000, a DataWind desenvolveu uma plataforma de acesso à internet muita avançada, conforme Tuli. “A empresa se concentra em fornecer dispositivos de baixo custo e acesso à internet para acabar com a exclusão digital”. A companhia tem escritório em Amritsar, Londres, Montreal, Dallas e Nova Déli.

Tablet com Android
O tablet desenvolvido pela DataWind tem tela de 7 polegadas e roda o sistema operacional Android 2.2, do Google. Em novembro, a DataWind começou a oferecer a versão comercial do tablet, por cerca de R$ 104. Tuli afirmou ao jornal “Times of India” que o aparelho já recebeu mais de 300 mil encomendas.

A diferença de preço entre o Aakash e o UbiSlate, segundo a companhia, é que o produto para o varejo vai incluir um modem que permitirá usar o aparelho como celular e acessar a internet de qualquer lugar. O tablet tem ainda conexão wi-fi, suporte para modem 3G e conta com duas portas USB.